Você está preparada para enxergar a oportunidade ou continua contando com a sorte?

Você conhece o “anjinho do bem” e “diabinho do mal” que falam conosco sempre que precisamos agir ou tomar uma decisão? Eles dizem: “Deixa para depois, depois eu penso nisso, amanhã eu faço, amanhã eu começo, depois eu termino….”. Isto é procrastinar.

Pois é, uma coisa que a minha mãe sempre me dizia (em japonês) quando eu estava com dúvidas ou fazendo “nada”,  sem sair do lugar: “Filha, enquanto você está aí pensando, tem gente fazendo e tem gente que já terminou!”. Esta frase me irritava profundamente, pois eu tinha sempre a sensação de estar atrasada em relação ao outro, mas ela continua tendo razão.

O ponto é que, independente do outro (esqueça o outro, deixe de se comparar com o outro, foque em você), precisamos “sim” tomar decisões para sair do lugar,  para evoluir, para prosseguir, para mudar e, principalmente, para nos preparar a nossa oportunidade de trabalho, estudo, etc.

Você está preparada para enxergar a oportunidade ou continua contando com a sorte?

Conseguir uma oportunidade no futuro significa se preparar no presente, aqui e agora. Eu aprendi que a oportunidade sempre está lá, aqui, acolá, em todos os lugares. A única diferença é se eu “estou preparada” para enxergá-la ou “estou míope” demais para nem perceber que ela está aqui, bem na minha frente.

Eu ouvi várias vezes no ambiente de trabalho pessoas dizerem “fulana(o) pegou o meu emprego, cicrana(o) pegou a minha vaga, beltrana(0) roubou a minha promoção”. Quem disse que a o emprego, a vaga e a promoção eram “meus” como um postulado?

Excluindo situações fora do nosso controle tais como indicação (costa quente), acordos feitos anteriormente a sua existência na empresa, precisamos nos focar e nos preparar para, independente o resultado, termos a certeza que fizemos tudo que estava ao nosso alcance para atingir os nossos objetivos, sem prejudicar ou desrespeitar o outro.

Isso não significa sair fazendo todos os tipos de cursos que aparecem por aí, isto se chama dispersão e desespero. Foco no objetivo e orientação de pessoas capacitadas são fundamentais.

Na minha carreira profissional, eu me achava sortuda. Mas será que sou tão sortuda assim? Pelo que me lembro, ganhei dois sorteios na minha vida, um Santo Antonio de porcelana no primário na aula de religião e um cesto de doces na festa junina do clube.

Aprendi nos primeiros 15 anos da minha carreira profissional que ser protagonista da minha carreira era a melhor forma de atingir os meus objetivos profissionais. Isso porque eu sempre me deixei levar pelos acontecimentos e pelas circunstâncias, mas percebi que eu esta preparada naquelas circunstância (hoje eu chamo de oportunidade). Alguns exemplos importantes da minha carreira profissional foram: falar inglês (muito mal no início, mas continuei estudando até concluir os 19 estágios), conhecer pessoas-chave que me indicaram ou me contrataram para vagas de emprego e correr atrás dos seus objetivos.

Quando estava no terceiro ano da faculdade de Relações Internacionais, eu queria fazer estágio, mas não existia anúncios de estágios procurando estudante de Relações Internacionais, a maioria das pessoas não sabiam da existência deste curso. Não satisfeita com a situação e negativas de estágios, eu comecei a levar a grade curricular do curso para mostrar para os recrutadores e mostrando que eu poderia contribuir com estágios até então oferecidos somente para estudantes de administração, economia, etc. Enfim, depois de duas entrevistas, consegui emprego em uma entidade governamental estrangeira.